Eu queria entender essa minha confusão, entender porquê ontem te queria e hoje não mais. Por que hora meu coração pula peito a fora, hora nem ao menos bate. Queria entender coisas assim, complexas demais para a minha mente exausta...
Queria saber por que a saudade sufoca, o ar falta quando você me olha, a alegria me invade até mesmo quando você faz uma cara feia. Entender comk meu corpo treme quando o teu encosta e o motivo dos meus olhos te procurarem a cada passo ou, ainda, por que recuso cada toque, simplesmente por não haver em ninguém a dose certa de leveza e intensidade que havia em você. Aliás , você era a dose certa, feita exatamente para mim. Meus defeitos eram as tuas qualidades. Eu era egoísta e você altruísta. Era desconfiada e você confiava em mim a cada puxada de ar. Olhava-me como se eu fosse o motivo da tua respiração, como se eu fosse um tesouro. Aliás, cansou de dizer-me isso. Bobagem sua. Tesouro aqui era você, e olha só, o inverno já está ai e eu não tenho razão alguma... Só saudade.
Não é paixão, já faz muito tempo que deixou de ser. O sentimento fez todo o seu ciclo: paixão, amor, perda, dor. Reconquista e perda novamente.
Dói dizer isso, mas já havíamos nos perdido há muito tempo, logo quando o vento ameno da primavera deu as caras. Ah, ia ter sido tão lindo... Mas o pouco, ou muito tempo, em que dividimos nossas vidas foi lindo.
Não me acostumo com a tua ausência, também como pudera eu acostumar a viver sem o teu brilho e tua ingenuidade. Ás vezes, quando uso essas palavras e me refiro a ti, não me acreditam, dizem que é cegueira minha, loucura, mas eu sei que não é, porque embora muito tempo tenha se passado, dentro de mim serás sempre o mesmo. Pode mudar tua forma de pensar, de agir, cortar o cabelo ou deixar de escutar as tuas músicas, mas tua compreensão deixou marcas dentro de mim, onde nunca deixará de ser o cara que ficou ao meu lado colocando sorrisos no meu rosto a cada manhã.
E falando em tempo, você sabe que dia é amanhã?

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