Imaginei que jamais haveria um fim para nós, que no meio de
todo o ódio haveria sempre de renascer algo tão intenso quanto: amor. Porque no
fundo sabemos quando é pra sempre.
Nós somos pra sempre. E somos porque é o único que me acha
em meio à bagunça interior. Que me aceitando, torna dispensável que me maquie e
esconda todos os medos, anseios, tristezas, solidão, raiva, nojo. O único que
abriga a minha tristeza porque é tão triste quanto eu e quando somamos nossas
lágrimas o resultado final torna-se sorrisos.
Tua falta de felicidade e teu vazio não me agridem. Teu
vazio de sonhos também não, até porque é preenchido com os meus devaneios e
utopias.
Contigo, deixo de ser uma estranha que jamais vai se
encaixar em padrões e que não achará o equilibro psicológico. Deixo de ser
louca e encaixo tão bem no teu colo. Desfaço teu jeito hermético e me faz esquecer
que sou tão niilista.
E, mesmo sabendo que nosso amanhã é incerto, continuamos
nesse cotidiano sujo e escuro. Não desistimos porque somos para sempre, imersos
na nossa bagunça humana que cabe tão bem no exíguo espaço da tua cama quebrada.
Um comentário:
Nossa,como tu escreve bem!
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