Sobre relacionamentos.

Relacionamentos são complicados. Do começo ao fim. Tudo bem que no começo é aquele amor todo, mas é onde se cria a confiança e a lealdade. É com as primeiras atitudes que veremos se terá futuro ou não. O meio, bem, é onde começamos a nos desgastar, rotina, brigas, ciúmes. E então vem o fim, e dai os dias seguintes são de querer tirar o coração fora e vomitar de dor. 

Algo que eu aprendi é a perdoar, mas depois de tantos relacionamentos frustrados, não tenho certeza se é a melhor saída. Muitos acabaram porque eu fui aceitando, tolerando, engolindo estupidez, mentiras, infantilidades. Engoli tanto sapo que prometi a mim mesma que no próximo relacionamento não engoliria nem meio. Porque eu já estou tão quebrada, que qualquer coisa bonita que eu possa estar vivendo se quebra com um simples gesto, qualquer palavra que me magoe. 

É como um bloqueio, como se algo dentro de mim avisasse que eu viria a sofrer e tentasse expulsar o sentimento. É involuntário, não é algo que eu tenha sob controle, é só uma proteção para a minha alma cansada. Armadura essa que precisa que alguém a quebre, para que então eu não precise de um fim.

Que fique bem claro aqui que sei de meus defeitos e sei onde eu tive ou não culpa e que estou muito em paz com os meus erros. Muitos, eu sei, não precisa jogar na cara. Também sei como é ir dormir com a cabeça cheia de dúvidas e incertezas, como é não ter vontade de acordar ou ligar no meio da noite e perguntar o que diabos aconteceu. Não preciso que me expliquem ou me ensinem. Eu sei como é, sei o exato gosto que vai do doce ao amargo. Da alegria à dor.

Sei que as pessoas não são perfeitas, afinal, somos meramente humanos. Mas peço-te, pense antes de falar, não me faça passar por tudo de novo, não me deixe jogada no chão sangrando e nem me faça desacreditar no amor. Mostre-me que ainda vale a pena, que você vale, que o amor vale, que nós valemos.