segunda-feira, maio 03, 2010

Sala Escura

Pude sentir o medo dele em minha pele arrepiada com seus gritos. A dor dele pulsou detro do meu corpo, arrancando-me a própria vida. Imagens dele, não minhas, invadiram-me a mente, com mãos amarradas, lutei, mesmo sabendo que era inútil, contra essa loucura. Dor e sangue, risos e tortura, em uma mesma sala. Os olhos deles eram repletos pela satisfação de me torturarem e fazer com que ele visse isso. Mesmo que era a minha pele que estava sendo cortada, ele tinha a alma torturada. Meu estômago embrulhara, a falta de ar me sufocava, a dor me invadiu.... Naquele momento, desejei com todas as forças que restavam que alguém pudesse me ouvir, que alguém nos salvasse. Mas ninguém ouviria e eu seria ferida até morrer. Logo após seria a vez dele. E mais uma vez todo o amor que tínhamos não seria suficiente para evitarmos a morte. Pouco a pouco, passavam imagens -raras- de momentos felizes, e alguma parte do meu cérebro que ainda estava racional me lembrou que era o fim.

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