As lágrimas que não chorei...

Naquela manhã, meu coração batia tão devagar que aos gritos me implorava para que fechasse os olhos e me desse por vencida. Aquela pitada de dor me foi injetada com a mesma agressividade que um viciado em heroína coloca a agulha em seu braço e depois desmaia ali mesmo, tinha sido mais forte do que todas as outras. A voz que vinha de dentro e dizia: 'Acabou', era como um chute no estômago, um tapa na cara.
Eu queria te contar mil coisas, queria te abraçar mil vezes. Eu tinha mil sonhos... Agora tenho mil dores. Existe agora um buraco oco dentro de mim, onde costumavam ficar as emoções.