Creio, na minha ignorância e dos meus olhos -e coração- fechados para o mundo pela dor, que doei tudo de mim para ti.
Fidelidade, carinho, raiva, possessividade, confiança, respeito e amor. E tu foste embora e nem sequer perguntou se eu ia ficar bem algum dia, se as feridas abertas pelas tuas mãos de anjo iriam parar de sangrar. Nem se quer me estendeu a mão ou me disse uma palavra de carinho, por mínima que fosse. Foi embora deixando bem claro que não se importaria com os meus sentimentos e que pouco se importava com o que as pessoas que depositaram em ti confiança iriam pensar. Foi embora deixando claro que agora eu sou lixo e que, meus sentimentos, também. Tentou manipular e impregnar a culpa em mim. E fez isso com todos a volta. Plantou ilusões em minha alma e depois com um chute na boca do estômago, me enterrou por dentro. Soterrou-me com mentiras, dor e vergonha. E como se não fosse o suficiente, me joga palavras baixas diariamente e elas entram pelos meus ouvidos como se fossem facas. E o que mais dói, o que mais é desesperador, é o fato de eu não conseguir te odiar.
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