domingo, janeiro 02, 2011

Começando com dança;

O primeiro post do ano é um pequeno pensamento que me veio à tona agorinha: Quando comecei a dançar, abracei o jazz e logo senti falta de algo. Pulei para o ballet neoclássico, mas ainda não era o que eu queria. Então, fui apresentada a dança contemporânea. E como eu já cansei de dizer, me apaixonei por essa dança de sentimentos.
 Mudei de escola de dança e me bati com o ballet clássico. E logo aprendi a amá-lo. Mergulhei no mundo da dança com toda a força que eu encontrei. Demorei muitos dias, semanas, meses para me acostumar com aquele lugar novo, com aquelas pessoas novas. Fui bem recebida, mas me encontrei diante de um desafio enorme: dançar em um lugar que exigia técnica quando eu não tinha técnica nenhuma. Dançar com pessoas que dançaram a vida toda, quando eu mal dançava. Porque isso é verdade. 
Tia Rita, sempre muito exigente, apareceu disposta a moldar e a passar exercícios e mais exercícios para uma nova passageira desse grupo. E hoje eu sei que ganhei o bilhete premiado. Ela me ensinou a dançar. E veio a Piu, cujas 9 entre 10 frases era: "Não desiste Estefânia!" Acho que se essas duas mulheres não tivessem aparecido na minha vida (ou eu aparecido na delas) e me dado todas as oportunidades que me deram, que não foram poucas e que foram bem mais do que eu poderia imaginar que teria quando cruzei aquela porta e disse: "Oi, eu vim aqui porque eu quero dançar com vocês, porque comecei agora e porque quero ser boa." eu teria passado o ano em casa chorando por não ter conseguido. Mas elas me deram a chance de ter o ano mais intenso da minha vida, pois acreditaram em mim e  me fizeram acreditar também. Não só elas, como todas as minhas colegas. 
Passei horas fazendo pliés, encaixando quadril, abrindo externo, fechando/abrindo as costelas. Aprendi o nome de casa osso do meu corpo. Ganhei prêmios e passei tardes em transição entre clássico e moderno, tanto que vez ou outra misturei os dois. Me descobri uma ótima bailarina em questão arabesque. Descobri (A Gabi, que me levou assistir suas aulas é que descobriu, mas...) que meu pé é bonito e que sou criativa. Ganhei a liberdade de expor minhas idéias. 
 Hoje eu tenho toda a admiração que eu posso ter por essas duas mulheres e por minhas colegas. Hoje eu realmente sinto que sou parte do Grupo de Dança STS e que quero continuar lá. Porque é daquele lugar a culpa do meu ano ter sido o melhor da minha vida. Foi lá que eu chorei, que ri que perdi, mas, que acima de tudo, ganhei! Agora, a bailarina que mora em mim não se sente mais presa, não tem mais entraves. Agora ela é feliz. 

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