Brigar e depois ver você virar a esquina e sumir e sentir um aperto, um nó na garganta, um vazio, um estranho nojo de que qualquer pessoa me toque, nojo de sentir, de doer. Depois ver você virando a esquina, chamando meu nome, voltando. Com esses olhos, com essa boca, com esse cheiro, essa voz, esse jeito de andar, com essas mãos, esse gosto, esse sabor. Voltando a preencher a casa, a vida, a alma. Depois rezo e peço que não vá embora de novo, que fique, que me morda, me aperte, me abrace, me ame. Ontem, hoje, amanhã e quem sabe, para sempre.

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