Encontrei esse pedaço de papel no fundo do armário dentro de um diário antigo e empoeirado. Falava sobre o passado, sobre casamento, sobre risos que ainda ecoam pelas velhas paredes. Falava sobre ver o pôr do sol na Califórnia, sobre ter filhos correndo pelo futuro gramado verde. Coisas que não se realizaram e se tornaram passado antes mesmo de ser presente. Mas depois desses meses de amor desperdiçado, eu me perdoei pelos erros, embora ainda acorde assustada no meio da noite por causa das lembranças do que se desprendeu, deixou de ser, do que foi, mas não voou, caiu em meio a uma turbulência antes de chegar às nuvens. E quando elas me doem demais, levanto, abro a caixinha do passado e começo a me perdoar de novo. É claro, ainda acordo te querendo do meu lado, mas tudo bem, sentir esse tipo de saudade é sinal de que ainda estou viva e dá uma espécie de colorido na minha vida ou o que quer que isso seja.
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