"Morte, que sugou o mel da tua respiração não teve nenhum efeito sobre a tua beleza."
Enquanto a menina dos cabelos cor de fogo olhava pela janela, a guerra estourara do outro lado do castelo. Podia-se ouvir os gritos: "Marchem, soldados! Marchem!"
Ela nunca quis ser princesa e nem almejava ser rainha, ela queria ser alguém "comum", como sua criada que apesar de não possuir luxos, gozava de uma vida simples. Ela queria ser livre pra amar... Para amar aquele homem que lutava na guerra e cujos olhos carregavam a cor do céu. Ela costumava dizer que o céu era azul, porque azul era a sua cor favorita. E, embora ocultasse meia verdade, não mentia: "Os olhos dele são azuis como o céu. Os meus são verdes azulados como o mar. Juntos, somos todo o mar e todo o céu e ainda assim não podemos nos amar." Ela sabia que restavam poucas chances de mergulhar naqueles olhos novamente, sabia também que qualquer espada que ferisse o corpo dele doeria nela como mil flechas e se ele morresse, aah! ela não ousou pensar nisso por nenhum segundo. Pelo menos não até sua criada -aquela que ela tanto invejava- bateu em sua porta:
-A guerra acabou, princesa...
-E ele? perguntou enquanto seu corpo tremia em defesa.
-Sinto muito -disse com os olhos marejados-ele não resistiu aos ferimentos. Porém, o soldado que veio trazer essa terrível notícia, trouxe também um pedido feito pelo seu amado antes de morrer.. Ele pediu que você fosse feliz...
Ela não compreendia como poderia ser feliz quando toda a felicidade perdia o significado, quando até mesmo essa palavra parecia inexistente; cada fração do seu corpo foi dominada pela dor, o céu deixou de ser azul e todo o mar secou. Ela sabia que não era forte o bastante e que não poderia cumprir, em vida, o pedido que havia recebido. Desceu as escadas correndo, montou o seu fiel cavalo, atravessou o campo de batalha e, por fim, encontrou-o em meio a tantos outros corpos sem vida, mutilados ou que davam o último sopro. Atirou-se sobre o seu amado e, em uma tentativa desesperada de mergulhar naqueles olhos, atravessou a espada em seu corpo. A mesma espada levou os amantes. Na morte, soldado e princesa são apenas humanos, porque o amor desconhece riqueza ou pobreza.
O soldado, que roubou o coração da moça da nobreza, agora marcha em campos dourados junto dela.
Ela que foi ao encontro dele, que foi cumprir o seu pedido.
Enquanto a menina dos cabelos cor de fogo olhava pela janela, a guerra estourara do outro lado do castelo. Podia-se ouvir os gritos: "Marchem, soldados! Marchem!"
Ela nunca quis ser princesa e nem almejava ser rainha, ela queria ser alguém "comum", como sua criada que apesar de não possuir luxos, gozava de uma vida simples. Ela queria ser livre pra amar... Para amar aquele homem que lutava na guerra e cujos olhos carregavam a cor do céu. Ela costumava dizer que o céu era azul, porque azul era a sua cor favorita. E, embora ocultasse meia verdade, não mentia: "Os olhos dele são azuis como o céu. Os meus são verdes azulados como o mar. Juntos, somos todo o mar e todo o céu e ainda assim não podemos nos amar." Ela sabia que restavam poucas chances de mergulhar naqueles olhos novamente, sabia também que qualquer espada que ferisse o corpo dele doeria nela como mil flechas e se ele morresse, aah! ela não ousou pensar nisso por nenhum segundo. Pelo menos não até sua criada -aquela que ela tanto invejava- bateu em sua porta:
-A guerra acabou, princesa...
-E ele? perguntou enquanto seu corpo tremia em defesa.
-Sinto muito -disse com os olhos marejados-ele não resistiu aos ferimentos. Porém, o soldado que veio trazer essa terrível notícia, trouxe também um pedido feito pelo seu amado antes de morrer.. Ele pediu que você fosse feliz...
Ela não compreendia como poderia ser feliz quando toda a felicidade perdia o significado, quando até mesmo essa palavra parecia inexistente; cada fração do seu corpo foi dominada pela dor, o céu deixou de ser azul e todo o mar secou. Ela sabia que não era forte o bastante e que não poderia cumprir, em vida, o pedido que havia recebido. Desceu as escadas correndo, montou o seu fiel cavalo, atravessou o campo de batalha e, por fim, encontrou-o em meio a tantos outros corpos sem vida, mutilados ou que davam o último sopro. Atirou-se sobre o seu amado e, em uma tentativa desesperada de mergulhar naqueles olhos, atravessou a espada em seu corpo. A mesma espada levou os amantes. Na morte, soldado e princesa são apenas humanos, porque o amor desconhece riqueza ou pobreza.
O soldado, que roubou o coração da moça da nobreza, agora marcha em campos dourados junto dela.
Ela que foi ao encontro dele, que foi cumprir o seu pedido.
Um comentário:
ameeeeeeei o post! escreves mt bem :)
um beijo e se der de uma olhada no meu! lestdoit.blogspot :)
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